quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Pais heróis do amor.


"Tu és tipo espétacular" 

Para os nossos filhos nós somos os seus heróis, eles olham para nós como uma referência e tudo fazem para nos imitar e acima de tudo para nos agradar. Eles querem a nossa aceitação, querem se sentir ligados a nós, querem sentir que pertencem à família e que a sua opinião conta.

Um dos maiores medos das crianças é ficar sem os pais, é que os pais fujam e os deixem sozinhos, porque os pais são o seu porto seguro, são o aconchego de amor e carinho que lhes garante que nada falta, mesmo quando os bens materiais não abundam, aquilo que pode abundar sempre é o amor incondicional dos pais para com os seus filhos.

Convém relembrar que as crianças não são propriedade dos pais, para que estes possam dispor como entenderem, elas são seres humanos de pleno direito e que estão totalmente dependentes, numa fase inicial da vida, dos adultos para que possam terminar a sua formação enquanto humanos.

Por isso é de crucial importância aquilo que eles absorvem nos seus primeiros anos de vida, até aos seis anos de idade, é neste período que eles formam as suas crenças que irão servir de guia para a sua vida posterior.

São essas crenças irreversíveis?

A resposta é não, é possível mudar as crenças, contudo a maioria das pessoas ignora essa realidade, não tem consciência que são as suas crenças que servem de filtro para a sua realidade, que são as suas crenças que condicionam a perceção que elas tem de si mesmas e do mundo que as rodeia.

E como tal, não conhecem as suas crenças e logo não as mudam, quando estas condicionam negativamente a sua vida. Pois o primeiro passo para se mudar uma crença, seja ela qual for, é tomar consciência que ela existe e estar recetivo a mudar-la.

Enquanto pais somos os principais municiadores da informação que origina as crenças dos nossos filhos, mesmo quando não o expressamos de uma forma direta por palavras, pois aquilo que pensamos sobre os nossos filhos, aquilo que são as nossas preocupações com eles, condiciona a forma como eles se percecionam a si mesmos e o seu comportamento.

Em vez de sermos um fio condutor sobre aquilo que os nossos filhos venham a ser, deveremos nos centrar em ser orientadores de um caminho de auto-descoberta, onde eles se encontrem e descubram as suas aptidões naturais e as possam expressar e desenvolver em segurança, encontrando o rumo que deve levar as suas vidas, sabendo que tem sempre ao seu lado o apoio do amor  dos pais, mesmo quando estes discordam das suas opções.



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