sexta-feira, 27 de abril de 2012

Reconhecimento


O reconhecimento serve para aprofundar a conexão com os seus filhos,pois ele facilita a comunicação e o gerar de empatia.O reconhecimento é fazê-los sentir que percebemos o ponto de vista deles,o ponto de vista deles é ver as coisas como eles as veem, isto é empatia.

 E ao dizermos para eles que reconhecemos o ponto de vista deles, criamos um espaço de partilha incondicional onde eles se podem manifestar livremente e sentir que são compreendidos, que aquilo que eles dizem e aquilo que eles sentem, é valorizado e tido em conta.

O reconhecimento ajuda a acalmar os nossos filhos e a lidar melhor com aquilo que estão a sentir.

Pois para os nossos filhos há sentimentos que eles próprios não conseguem lidar e a melhor forma que encontram de lidar com isso é exteriorizando esses sentimentos, normalmente através do choro,das birras.E se a nossa reação por  de repressão em vez de empatia, estaremos a agudizar a sua autonomia para lidar com as suas emoções.


Através da liberdade para expressar as suas emoções sem medo de serem criticados e reprimidos, estaremos a cuidar da inteligência emocional dos nossos filhos.

Eles percebem que não estão sozinhos, que aconteça o que acontecer os pais estão lá para eles e que aquilo que por vezes parece muito complicado se torna mais simples através da partilha,através da permissão para sentir,para vivenciar em segurança aquilo que se passa no interior deles.

As crianças estão em pleno  desenvolvimento cognitivo, estão a aprender a conhecerem-se a lidar com a realidade interna, enquanto que os adultos já estão totalmente desenvolvidos e percecionam a realidade de forma diferente,pois possuem um diferente nível de entendimento.

E como tal quando acontece algo às crianças a primeira reação é de luta ou fuga,ou seja o instinto de sobrevivência é o primeiro a ser despoletado,daí as reações que a nós adultos parecem exageradas em determinadas situações,mas que para eles parecem situações aflitivas.

Ter a noção disso é relevante para os pais,relembrar que eles estão em crescimento e veem o mundo de forma diferente da dos adultos.E isto é o reconhecimento,em que verbalizamos para eles que entendemos a reação deles e que os queremos ajudar a lidar da melhor forma com essas situações que lhes parecem muito difíceis. 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ouvir o nosso filho


É importante ouvir o que a criança quer comunicar com os pais, ouvir o que ela tem para dizer.Por vezes essa comunicação não é direta, nem sempre ela consegue comunicar aquilo que quer e aquilo que sente e a forma como ela reage quando isso acontece é através das birras.

As birras são uma forma de ela comunicar a sua frustração por não estar a ser entendida pelos pais, quer no que quer dizer,quer na necessidade para lidar com o que está a sentir e que não consegue compreender e muito menos dizer aos pais o que está a vivenciar naquele momento.

 Como crianças que se estão a descobrir e na procura do seu espaço no seio da família, elas passam por um manancial de emoções que são novas para elas e lidar com isso e ao mesmo tempo tentar agradar aos pais, fazendo aquilo que é o mais correto é por vezes difícil de se conseguir.

Enquanto pais devemos atribuir ao comportamento deles, sempre, os motivos mais positivos.Devemos acreditar que eles fazem o melhor que sabem em cada momento, de acordo com o seu nível de consciência e de entendimento, para a idade que tem.

Os nosso filhos não agem com a intenção deliberada de atacar os pais, de os incomodar, eles fazem aquilo que lhes parece ser o melhor naquelas circunstâncias. E sim,faz parte do crescimento testar os limites que os pais estabelecem, e ao fazê-lo, pode ser interpretado por alguns pais como sendo um ataque a eles próprios.


Mas não o é, pois ao testar os limites aquilo que eles procuram de verdade é segurança.

A segurança de saber que os pais estão ao lado deles para os orientar, que não o deixam ficar perdidos, sem rumo.Por sua conta a lidar com essa grande aventura que é crescer.

Ao apoiar os nossos filhos,fazendo-os ver que estamos lá para eles, que os ouvimos, que estamos disponíveis para ver o mundo do ponto de vista deles.Que independentemente do comportamento deles o nosso amor não está em causa,pois ele é incondicional.

E que precisamente por os amarmos é que por vezes temos de ir contra aquilo que eles gostariam que fosse,por vezes temos de dizer não e esse não é na maior parte das vezes um sinal de amor.


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Entender os filhos


Ser entendidos pelos pais é essencial para os nossos filhos, eles desejam ver validados os seus sentimentos e assim perceberem que não estão sozinhos, que as suas emoções, aquilo que sentem é reconhecido pelas pessoas que mais amam na vida, que na verdade é todo o seu mundo, ou seja, os pais.

Através desse compreensão por parte dos pais eles aprendem a processar as suas emoções e a ampliar os seus recursos para fazer face ao mundo onde vivem e acima de tudo a saberem lidar com o que se passa dentro deles, vivênciando-o em segurança e podendo partilha-lo com os pais para uma melhor compreensão. 

Pois crescer é difícil por vezes,acontecem as chamadas dor de crescimento e eles sentirem que os pais os entendem, que os amam incondicionalmente como eles são, que os pais estarão sempre lá para eles, dá-lhes uma segurança para que cresçam mais felizes e confiantes.

Aos pais cabe criar um espaço seguro para que eles se possam expressar livremente, sem constrangimentos, que eles percebam que o que quer que estejam a sentir, e que por vezes pode ser assustador, não o tem de enfrentar sozinhos que tem os pais para os apoiar e orientar nessa grande aventura que é descobrirem quem são e qual o seu lugar no mundo, primeiro no seio da sua família e depois no mundo exterior.

E entender os nossos filhos passa por fortalecer a ligação com eles, em vez de os julgar apenas pelos seus comportamentos, que podem ser errados na nossa perceção, mas que o não são aos olhos deles. E aqui a forma como reagimos a esses comportamentos é essencial para que eles sintam se estão a ser compreendidos ou não pelos seus pais.

Se a primeira reação é de critica e de castigo, a conexão com eles que se deseja, começa a enfraquecer e eles como se sentem entregues a eles próprios, porque julgam que os pais não os compreendem.Mas se essa reação for de empatia, de tentar primeiro ver as coisas da perspectiva deles, dando espaço para que ele se expressem e expliquem o que aconteceu. Então ai a ligação com eles sai mais fortalecida e estaremos a cuidar da saúde emocional dos nossos filhos.

É bom eles saberem que tem um porto seguro onde eles podem ser quem são, sem que tenham de esconder o que sentem e o que pensam com medo de eventuais represálias que possam sofrer.

E quanto melhor entendermos os nossos filhos melhor entenderemos quem nós somos também, pois todos estamos ligados e as dúvidas dos pais também se refletem nos filhos e lidando com isso, todos podem crescer elevando o seu nível de consciência.


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Aprender a fazer as coisas certas



As crianças querem afeto, atenção e reconhecimento.Como pais devemos querer que os nossos filhos queriam fazer as coisas certas e não que tenham medo de fazer as coisas erradas. E para isso devemos educar pela positiva criando empatia e conexão com os nossos filhos.

Escolher sempre o amor como a principal ferramenta para os orientar nesta grande aventura que é crescer, e eles precisam de sentir que não estão sozinhos, que tem sempre o apoio afetivo dos pais.E que passa também por saberem que existem limites e eles próprios percebem que esses limites são para sua segurança e bem-estar.Sem limites como se sentiriam perdidos, sem rumo que lhes indique o caminho de um crescimento saudável.

Fazer as coisas certas passa pela noção do respeito pelo outro, perceberem que devemos tratar os outros como gostamos de ser tratados, que ninguém é superior a ninguém.Que cada um é único e imprescindível, cada um tem o seu papel, o seu espaço neste nosso universo.

Passa pela noção de que aquilo que fazemos gera efeitos e que se praticarmos sempre o bem esses efeitos serão positivos, se por outro lado, praticarmos o mal então esses efeitos serão negativos.Mas o maior ensinamento é que depende apenas deles,das suas opções e respetivas ações aquilo que serão os efeitos.Que eles são os líderes das suas vidas e isso pode-se aprender desde tenra idade.

Obviamente,que é pelo exemplo dos pais que eles melhor aprendem isso mesmo,vendo os pais serem líderes das suas vidas,sem estarem sempre como que zangados com o mundo e agindo no sentido de mudarem aquilo que acham que se deve mudar.Vendo os pais a interagirem com o mundo serve referencia,como modelo de aprendizagem.

Um dos exemplos que os pais podem dar é através da forma como lidam com eles, quando acham que o seu comportamento não é o mais adequado, pois para as crianças aquele é o comportamento adequado,pois é o que estão a fazer.
 Se os pais optarem pela ameaça de castigos sejam verbais ou mesmo físicos e até mesmo aplicarem esses mesmos castigos, estarão a fazerem as crianças respeitar a sua autoridade de pais pela força.
 Estabelecendo como referencia que o mais forte,aquele em posição de liderança pode exercer a força para fazer cumprir a sua vontade. 

Podem, no entanto, em alternativa optar por empaticamente os fazerem ver que os seus comportamentos não são o mais adequados na sua perspetiva,mostrando no entanto que compreendem o ponto de vista deles.Mas como pais que querem o melhor para os seus filhos preferem que tenham outro comportamento naquele situação especifica.

Quando devidamente explicado e fazendo-os ver que são compreendidos, as crianças aceitam aquilo que os pais lhes pedem e como querem fazer tudo para agradar aos pais, por forma a se sentirem aceites e integrados na família, as crianças gostam de fazer aquilo que os pais dizem que é o certo a fazer.



terça-feira, 10 de abril de 2012

Simplificar a vida


A alegria de viver passa por simplificar a vida,numa época em que se procura fazer muitas coisas ao mesmo tempo e na verdade nunca se está totalmente focado em nenhuma,pois a atenção está dividida por todas elas.E acabamos por nos perder nesse emaranhado de tarefas,que esquecemos de viver e passamos a funcionar em piloto automático,criando rotinas que se vão repetindo dia após dia.

É hora de simplificar as coisas, focar no que é essencial e dar atenção à vida como ela é,estando presentes junto daqueles que amamos e sendo o melhor exemplo que pudermos para os nossos filhos.Usando qualitativamente o tempo que passamos com eles,permitindo-nos brincar com eles e descobrir essa criança interior que existe em nós e que tem andado esquecida da nossa atenção.

Seremos melhores pais tanto quanto melhor cuidarmos de nós, cimentando o amor-próprio, cuidando da nossa saúde e alimentação.Pois quanto melhores nos sentirmos na nossa pele,mais isso se nota na nossa realidade e influencia os que dela fazem parte.

É dentro de nós que começa a nossa vida,tudo acontece primeiro ai e depois se projeta na nossa realidade,pois a realidade é um espelho do nosso interior.Se estivermos insatisfeitos com aquilo que somos,se estivermos constantemente a alimentar pensamentos negativos,pensando que estes não afetam as outras pessoas da nossa vida,mas a verdade é que afetam.

Repare que naqueles dias em que se sente mais irritado,mais insatisfeito com a sua vida o comportamento dos seus filhos também se torna mais irritadiço,fazem mais birras,andam mais agitados e isso não acontece por acaso.E depois a forma como lida com isso será de uma forma mais agressiva com eles o que só irá agravar as coisas.

Já nos dias em que está mais relaxado,mais centrado em si as coisas como que fluem sem grandes complicações,mesmo situações comportamentais dos seus filhos que normalmente o tiram do sério,são lidadas de uma forma mais serena que ajudam a que se resolvam com simplicidade e sem dramas.

Simplifique a sua vida,estando plenamente presente em cada momento, estando recetivo a tudo de bom que a vida tem para si. Dedique-se a uma coisa de cada vez, dando o seu melhor e se por vezes o seu melhor não for a perfeição que julga ser necessária, não se culpabilize por isso, pois tudo acontece como tem de acontecer e quando tem de acontecer.

Simplificando irá perceber que na realidade menos é mais,pois desligando o complicómetro,desfocando dos problemas, cria espaço para que as soluções surjam e as oportunidades que tem passado despercebidas possam ser aproveitadas.


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Conexão com os filhos



É através da conexão que se fortalecem os laços com os nossos filhos, a conexão é a manifestação do nosso amor por eles,um amor que é incondicional.Para isso temos que ver a criança como ela é de facto,ou seja, para lá dos seus comportamentos e atitudes.

 Na verdade quando eles fazem birras é o momento em que eles mais precisam de sentir a conexão connosco,sentir que são entendidos, que aquilo que eles estão a sentir e que não conseguem lidar de uma forma que para nós não tem razão de ser,mas que para eles é a única forma que teem para lidar com ela.

As birras tem a ver com o despoletar dos instintos de sobrevivência básicos e que ocorrem devido ao estado de evolução da criança,enquanto adultos já estamos totalmente desenvolvidos,mas a crianças não.Daí aquilo que para nós não justifica determinada reação,para eles faz todo o sentido,pois é uma reação instintiva e não racional.

Nesses momento aquilo que eles menos precisam é que os pais reajam com descontrole emocional,pois isso só irá agravar o estado deles.Se por outro lado os pais reagirem com serenidade e plena atenção ouvindo a criança, e percebendo o que ela quer comunicar, estará a reforçar a sua conexão com ela.

A criança sente que é atendida,que é valorizado o que ela está a vivenciar, em vez de usar expressões do tipo "isso não dói nada.."; "não sabes o que estás a dizer..".Pois este tipo de expressões só servem para alimentar a sensação de insegurança e incompreensão da criança, contribuindo para que ela se desconecte dos pais.

Pode usar expressões do tipo, "vejo que isso te afecta..."; " percebo que te esteja a doer,mas..."; " diz-me o que estás a sentir...", etc. Este tipo de expressões fazem a criança perceber que o que ela diz é importante para os seus pais,que eles levam em conta aquilo que ela sente e que estão ali para a ajudar a lidar com o que está a sentir.Que estão disponíveis para a orientar na aprendizagem dela mesma e de como pode lidar com o que lhe acontece.

A nossa reação às birras da criança é um ensinamento que lhes estamos a dar para situações futuras,não podemos esperar que elas hajam com serenidade quando nos veem a reagir ao comportamento delas sem essa serenidade,se a nossa resposta ao comportamento delas for agressivo,ainda que apenas verbalmente.
É óbvio que os pais também são humanos e por vezes também erram,mas através de uma tomada de consciência e de uma prática continuada pode-se mudar comportamentos e atitudes, é uma escolha que só depende de nós.E se mudarmos a forma como percionamos a nossa realidade, a nossa realidade muda também.


terça-feira, 3 de abril de 2012

Pais perfeitos


Os pais perfeitos são aqueles que amam incondicionalmente os seus filhos,que os aceitam como eles são.Estes pais também erram,pois a questão não está em não errar,em fazer sempre aquilo que é o mais certo.Até porque quem decide o que é mais certo ou mais errado,o conceito de certo e errado varia muito de pessoa para pessoa, de cultura para cultura.E mesmo dentro de cada um destes esses conceitos vão variando ao longo do tempo.

O importante é aprender com os erros que se cometem e saber que nunca é tarde para escolher de novo e mudar fazendo diferente do que se fez até então.Pois o passado só nos condiciona na medida em que o permitamos, a nossa vida acontece apenas no presente e é ai que vivemos e que fazemos as nossas escolhas.

Existem muitas ideias sobre a educação e muitas regras sobre o que é certo e errado,mas aquilo que é certo  para cada família é o que funciona para essa família,desde que a segurança e o bem estar da criança esteja salvaguardado.

As crianças não são propriedade dos pais para que estes possam dispor à sua vontade sobre o que fazer com eles,enquanto pais foi-nos presenteado pela vida a oportunidade de partilhar a nossa existência com estes seres maravilhosos e nessa partilha todos temos a aprender uns com os outros.

E havendo amor criam-se as condições para que cada um se possa expressar e desenvolver, enquanto adultos os pais devem orientar os seus filhos nesse processo de descoberta,incentivando-os a se conhecerem, proporcionando que o possam fazer em segurança e que os filhos saibam que os pais estão sempre do lado deles,ainda que por vezes isso seja contrariar e dizer não às suas vontades. 
Educar positivamente tem a ver com respeitar as nossas crianças como seres de pleno direito, perceber que nas diferentes idades a sua forma de ver o mundo vai mudando,não se pode pedir a uma criança que tenha o mesmo nível de entendimento de um adulto e que se comporte como um adulto. É através da empatia,procurando ver como eles veem as coisas que acontecem que melhor poderemos estabelecer uma ligação forte com os nossos filhos, fomentando que haja confiança e um espaço onde todos se podem expressar livremente, com respeito e acima de tudo com amor.

Pais perfeitos amam cada momento de partilha,amam por inteiro, aceitando aquilo que sejam os defeitos tal como as virtudes dos nossos filhos, nesta caminhada que é a vida.