sexta-feira, 30 de março de 2012

Viver com alegria agora.



Filha: Mãe porque não me respondes?
Mãe: Porque ainda estou zangada contigo.
Filha: Mas eu já esqueci, porquê que tu não esqueces?Vais ficar assim para sempre comigo?

Não ficou, fizeram as pazes.

É importante aprender com as crianças a viver no agora, elas não guardam rancores, não ficam agarradas ao passado,não deixam que esse passado condicione o seu presente.

Enquanto pais isto é muito importante viver cada momento em atenção plena, estando atentos aos sinais que a vida nos dá e que nos guiam na descoberta de nós próprios enquanto Ser.

O passado é útil se nos permitir aprender com ele para melhor viver o momento presente, se em vez disso nos criar mal estar,se nos condicionar a vida porque nos aconteceu tal e tal no passado.Pensamentos do tipo, " se não fosse aquela doença...", ou " se não me tivessem feito aquilo...".

 Este tipo de pensamento aprisionam a esse passado e complicam a sua vida atual.

Observe as crianças e tal como elas deixe que a sua alegria interior se manifeste na sua vida,brinque mais, brinque com os seus filhos. Escolha viver com alegria, escolha ver o lado alegre da vida e é isso que irá ver, pois aquilo em que nos focamos torna-se a nossa realidade.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Aquilo que todos os pais deviam saber.


Os neurocientistas cognitivos concluem que a mente auto-consciente contribui com cerca de 5% para a nossa atividade cognitiva e os restantes 95% resultam da atividade da mente subconsciente, isso significa que 95% das nossas ações,decisões e emoções resultam desta atividade subconsciente.

E aqui é que está a informação que é relevante todos os pais e educadores tenham conhecimento,porque tudo aquilo que enquanto pais e educadores fazemos, seja pelas nossas palavras,pelas nossas ações quer diretamente relacionadas com os nossos filhos quer quando eles nos veem a interagir com os outros.São registadas pela mente subconsciente dos nossos filhos e isso ocorre assim sem filtros até à idade de seis anos.Assim quando um pai faz um comentário frequente sobre o comportamento do seu filho,por exemplo dizendo és mesmo desastrado, a criança não absorve esse comentário como algo que tem a ver apenas com algo que acontece naquele momento,logo esse desastrado é uma condição temporária,mas sim como uma condição permanente que define quem ela é,estabelecendo assim uma crença.

Este tipo de ações e declarações entram diretamente no subconsciente da criança e porque o papel da mente é que haja coerência entre os seus programas,aquilo que vai registando e a sua vida real, isso induz comportamentos condizentes com essas crenças e que surgem de uma forma automática e que justificam as crenças plantadas no subconsciente.

Estando assim a moldar a personalidade que se irá manifestar ao longo da vida daquela criança e depois na vida de adulto. Segundo esses estudos cientificos é nos seis primeiros anos de vida que se formulam todas as crenças que moldam a personalidade do humano.

Dai a importância enquanto pais e educadores  de sermos o exemplo da formação que queremos que os nossos filhos tenham,tendo cuidado com os ambientes em que eles estão inseridos nessas idades e nas pessoas com quem eles passam mais tempo.

Para além dos programas comportamentais que herdam geneticamente dos pais, que são as perceções adquiridas da natureza, a principal fonte das perceções que as crianças adquirem vem das memórias de experiências transferidas para a mente subconsciente. E essas memórias começam a formular-se desde o feto, se a mãe está feliz ou não,os medos que vai tendo na gravidez,etc.

E como foi dito atrás,quando nascem através da educação que recebem que absorvem sem filtros.Pois durante os primeiros seis anos de vida a quantidade de informação que uma criança está exposta é imensa e a sua mente grava todas as  experiências sensoriais, como aprender a comunicar,aprender a andar, todos os comportamentos que observa ao seu redor. Que moldam o carácter do individuo.

Nos diversos estudo efetuados,nomeadamente o estudo de ondas cerebrais em adultos e crianças, as leituras de eletroencefalograma revelam que a atividade elétrica neural está relacionada com diferentes estados de consciência.Num adulto exitem pelo menos cinco níveis de frequência e que são:

Atividade do cérebro   Intervalo de frequência   Estado adulto associado
Delta                   0.5- 4 Hz                            Dormir/inconsciente
Teta                      4 - 8 Hz                               Imaginação/sonho
 Alfa                    8 -12 Hz                              Consciência calma
    Beta                12 - 35 Hz                          Consciência focalizada                                                        Gama                      > 35 Hz                          Pico de desempenho
 

A atividade predominante no cérebro da criança nos dois primeiros anos de vida é Delta e Gama.Entre os dois e os seis anos de idade é principalmente em Teta, ou seja passam grande parte do seu tempo a misturar o mundo imaginário com o mundo real.Só a partir dos seis anos que o estado predominante é Alfa, ou seja de consciência calma. A partir dos doze anos a criança manifesta todos estes estados com predominância para o estado Beta de uma consciência focalizada.

Isto significa que até aos seis anos as crianças operam em níveis baixos de frequência,as frequências delta e teta definem um estado cerebral conhecido como um estado de transe hipnogógico, como que em hipnose permanente, ou seja sem filtros, todas as experiências da criança entram diretamente para o seu subconsciente.Elas estão como que a ser programadas pelo meio em que estão inseridas.

Esta informação é útil para enquanto pais melhor pudermos perceber os comportamentos das crianças e o porque de terem determinadas atitudes e acima de tudo percebermos que elas percecionam o mundo de uma forma muito diferente daquela dos adultos,logo não se pode esperar que os seus comportamentos sejam tal como o dos adultos, com uma capacidade plena para saber aquilo que é o mais certo ou errado em cada momento.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Estar plenamente presente.


Se procura formulas mágicas que resolvam todos os seus problemas e dúvidas ao educar os seus filhos,deixe que lhe diga que elas não existem.Cada caso é um caso pois todos nós somos diferentes uns dos outros,a história de cada um necessita de diferentes abordagens.

O comportamento dos seus filhos tem mais a ver consigo mesmo que com os seus filhos,se pretende soluções que  resolvam as suas dificuldades em lidar com o comportamento deles, o lugar onde as vai encontrar é dentro de si.Quanto mais autoconhecimento tiver melhor estará preparado para perceber,primeiro e lidar depois com os seus filhos.

Todas as ideias formadas e crenças que tem sobre si e sobre a vida em geral refletem-se na sua realidade, esta é um espelho do seu interior.

Repare que há dias em que as coisas correm melhor do que em outros dias,mesmo quando o comportamento dos seus filhos não seja aquele que acha adequado, a forma como lida com eles não é igual.Aquilo que muda é apenas o seu estado de espírito e isso faz toda a diferença nos acontecimentos do seu dia-a-dia.

Mais importante do que aquilo que lhe acontece é a forma como você reaje ao que lhe acontece,a sua reação é à interpretação dos acontecimentos e não aos acontecimentos em si.É a sua interpretação,é o significado que atribui a esses acontecimentos que servem como justificação à resposta que dá a esses acontecimentos.

Aquilo que considera um comportamento desadequado dos seus filhos não o é aos olhos deles e sendo você o adulto, deve ter o cuidado de criar empatia com os seus filhos,procurando ver as coisas da perspectiva deles e lembrar que eles são crianças não são adultos.A forma como eles avaliam o certo e o errado é diferente da sua, não espere que eles tenham um comportamento e entendimento de um adulto.

Por outro lado interrogue-se porque é que determinado comportamento dos seus filhos o tiram do sério,o que em si despoleta essa reação, de que forma isso define a pessoa que você é e quanto mais consciente de si estiver mais atenção plena pode dispensar em cada momento e mais naturalmente irá proceder com os seus filhos. 

E acabará por reparar que o comportamento deles muda na medida em que consiga estar plenamente presente e centrado no seu Ser.


sexta-feira, 23 de março de 2012

Educar para uma vida feliz


Como pais todos queremos o melhor para os nossos filhos e que cresçam felizes com saúde. Por vezes queremos tanto que eles sejam felizes que fazemos tudo para que estejam seguros e fazemos tudo aquilo que achamos que é o melhor para eles 

E no entanto será sempre o melhor para eles?

Será que fazendo com que estejam sempre debaixo da nossa alçada é o melhor para eles?

Na minha opinião devemos permitir espaço para que eles se possam descobrir,pois se estivermos sempre a orienta-los, se quisermos que eles passem por entre as gotas da chuva eles nunca saberão o que é a chuva e o que é sentir a chuva a cair no rosto.

Isto para dizer que é vivênciando as coisas que eles melhor se podem conhecer e como se podem relacionar com o mundo à sua volta. Tendo eles a noção que os seus pais estão sempre disponíveis para eles e para os orientar nas sua descobertas.

 Como pais devemos lhes providenciar um ambiente seguro e acima de tudo pleno de amor para que eles possam crescer e experimentar a vida em cada momento. A melhor forma de os educarmos para serem felizes é sendo nós próprios felizes e isto não significa que não possamos ter momentos de tristeza,momentos difíceis, aquilo que lhes podemos ensinar é dando o exemplo através da forma como eles nos veem a reagir nesses momentos.

Dar o exemplo que independentemente das vezes que cairmos aquilo que mais importa é levantar de seguida e continuar em frente.É vivermos focados no momento presente e não agarrados a rancores passados ou em constante conflito com a situação ao nosso redor.

Educar para uma vida feliz é ensinar-lhes que eles controlam a sua vida,que eles são responsáveis por criar a vida que desejam,E isso acontece através das atitudes, deles através do seu comportamento, fazendo-os ver que comportamento gera comportamento,que devemos fazer aos outros aquilo que gostamos que nos façam a nós.

Esta é a regra de ouro para uma vida feliz,que eles percebam que somos todos um,que estamos todos ligados,ainda que sejamos diferentes. E aqui pode dar o exemplo do corpo humano que é constituído por diferentes partes que formam o todo,fazendo com que funcione em pleno.


quarta-feira, 21 de março de 2012

Mais autoconhecimento, melhor pais.


O comportamento dos filhos tem mais a ver com os pais do que com os próprios filhos.Isto quer dizer que quanto mais conscientes de si forem os pais,quanto mais auto conhecimento tiverem,melhor será a sua relação com os seus filhos,melhor poderá ser a educação que dão aos seus filhos.

Por isso se tem tido dificuldade no seu relacionamento com os seus filhos e procura uma solução o lugar onde a vai encontrar é dentro de si.Podendo recorrer a ajuda especializada para entrar em contato com a sua essência,para melhor se conhecer se achar que sozinho lhe é difícil.

Estar consciente é saber que a sua realidade é um espelho do seu interior,assim sendo, tudo o que acontece na sua vida não é por acaso.Todas as situações servem de sinalização de aspectos que veio trabalhar por forma a evoluir,a elevar o seu nível de consciência.

As situações mais difíceis e as pessoas que mais exigem de nós,sejam as que mais nos desagradam,as que temos mais conflitos,sejam as que mais precisam de nós.São na verdade os nossos maiores aliados nesta caminhada evolutiva,pois são eles que nos fazem tomar consciência das situações que mais mexem connosco, que nos levam a entrar em contacto com aspectos nossos que conscientemente evitaríamos,com o lado escuro do nosso ser, mas também a descobrir toda a luz e amor que existe em nós.

E se o comportamento do seu filho é problemático ou apenas difícil a espaços, aproveite essas situações e veja que emoções se libertam em si nesses momentos,que aspectos seus se afloram.de que forma aquele comportamento leva a que reaja da forma como reage.Pois aquilo que mexe mais consigo,não é o comportamento em si do seu filho,mas sim aquilo que você perceciona nesse comportamento,no significado que atribuí a esse comportamento.

E quanto melhor souber dissociar os comportamentos dos significados que lhes atribui melhor preparado estará para lidar com eles e ajudar o seu filho a lidar com as situações.Quanto mais centrado no momento,quanto mais presente conseguir estar, melhor irá aceitar o que acontece pelo que acontece e não a sua interpretação do que acontece.

Estará assim a exemplificar, a educar o seu filho a não perder a calma, a reagir aos acontecimentos com serenidade.Relembre-se que eles aprendem mais pelo que veem os pais fazer do que pelo que os pais lhes dizem.Como pais somos os modelos a seguir pelos nossos filhos.
Poderá dizer que é mais fácil falar do que fazer,que há situações que lhe é impossível manter a calma.
Aquilo que lhe digo é que é simples porque possuímos todos os recursos em nós, será mais fácil ou difícil de acordo com cada um de nós, com o nível de consciência de cada um.Mas não se preocupe isto é um processo que só praticando poderá evoluir,aquilo que é preciso da sua parte é desde logo a vontade e disponibilidade para evoluir.

É estar recetivo a viver o momento presente sem julgamentos e aceitando o que acontece como acontece e crescer com isso.Acima de tudo o seu recurso principal é o amor,amar incondicionalmente o seu filho e fazê-lo saber disso mesmo,que independentemente do comportamento dele, o seu amor por ele não está em causa.


segunda-feira, 19 de março de 2012

Amor de Pai


Neste dia em que se celebra o dia do pai convém reforçar que o dia do pai é todos os dias,a partir do momento em que passamos a ser principalmente pai de alguém em vez de filho de alguém,assumimos uma missão sem fim, é vitalícia.

E como é plena e gratificante essa missão de poder partilhar a nossa existência com outro Ser luminoso que a vida decidiu nos presentear.Sim porque os filhos não são propriedade dos pais,embora nós gostemos de dizer os meus filhos, eles são seres de pleno direito e não meras cópias dos pais e que estão sujeitos apenas às vontades dos pais.

É óbvio que devemos fazer aquilo que achamos que é o melhor para eles e acima de tudo proporcionar-lhes uma ambiente seguro e de amor onde eles possam crescer,expressar e conhecer-se.Mas isso não implica sermos diretivos ao ponto de estabelecermos tudo aquilo que eles podem ser e fazer.

Aquilo que devemos fazer é ser orientadores,sermos para eles o exemplo a seguir dos valores em que acreditamos e que gostaríamos que eles seguissem, é através das nossas atitudes e ações que eles mais aprendem,não só quando interagimos com eles diretamente,mas também pela forma como eles nos vêem a interagir com os outros.

Na minha experiência de pai já errei e aprendi com isso,e acertei na maior parte das vezes,mas isso é a natureza a funcionar e a forma como vejo o meu papel como pai foi evoluindo ao longo destes sete anos que levo como pai de uma linda menina,felizmente e por vontade minha sempre fui e sou um pai presente, tendo podido acompanhar de perto o seu crescimento.

 E como é bom aprender em cada partilha a bênção de viver,verificar que o amor é sempre a resposta,principalmente quando temos duvidas. Sim porque como pais também temos momentos de duvida,mas devemos confiar que tudo acontece como tem de acontecer e quando tem de acontecer.Quanto mais conscientes estivermos de quem somos enquanto Seres melhores pais poderemos ser.
Existem momentos em que as coisas são difíceis, em que o comportamento dos nossos filhos é diferente daquilo que achamos que deveria ser, e sendo humanos como que nos tiram do sério esses momentos,mas quando isso acontece não devemos descarregar na criança essa nossa perceção do seu comportamento.

Devemos evitar de reagir a quente e se necessário afastar-nos e respirar fundo e depois lidar com a situação,isto desde que a segurança da criança não esteja em causa., de outra forma devermos reagir de imediato.Porque aquilo que nos parece errado não o é aos olhos deles e se tentarmos ver da forma como eles viram a situação melhor preparados estaremos para lidar com ela.

De uma forma ou de outra o bater nunca é solução, o perder a cabeça não é solução e lembre-se que estamos a ensinar-lhes através das nossas ações e servimos de referência para eles em futuras situações idênticas em que eles se vejam envolvidos.

Acima de tudo deve ser reforçado que independentemente daquilo que eles fazem o nosso amor por eles é incondicional e que estaremos sempre presente para o melhor e para o pior. 


quinta-feira, 15 de março de 2012

Estabelecer limites


Educar positivamente passa também por estabelecer limites, devemos ensinar às nossas crianças que existem limites no comportamento de cada um.Em primeiro lugar pela própria segurança das crianças, por exemplo devem saber que não podem brincar com facas porque estas podem ferir gravemente,ainda que elas não o vejam assim à partida.

 Isto falando da segurança física,mas também falamos da segurança emocional, os limites deixam a criança saber que não estão sozinhas a lidar com as suas emoções, que os pais estão ao seu lado para as ajudar a lidar com os seus sentimentos e frustações.Sem limites elas acabam por se descontrolar numa escalada emocional, sem perceber muitas das vezes porque é que sentem o que sentem e como não tem referências ficam um pouco perdidas.

Havendo limites criados numa base de respeito mútuo e com empatia, a criança sente que aconteça o que acontecer tem sempre alguém ao seu lado para a ajudar a lidar com as situações,ainda que na maior parte das vezes essa ajuda seja apenas uma presença silenciosa enquanto eles lidam com o que estão a sentir.

Os limites ensinam que escolhemos tratar os outros como gostamos de ser tratados,que por vezes aquilo que gostaríamos de fazer irá prejudicar os outros e que na verdade tudo aquilo que fazemos aos outros estamos a fazer a nós próprios também.

 É importante ensinar a noção de causa efeito, que todas as nossas ações surtem um efeito e que este poderá ser positivo ou negativo para nós,mas deve-se realçar que temos o poder de escolher aquilo que vamos obter,pois se praticarmos boas ações,ou seja se agirmos com amor, tudo o que daí advir será igualmente bom.

Se por outro lado agirmos de uma forma desconsiderando os outros o que daí resultará não será bom para nós,ainda que por vezes no imediato pareça que se ganha alguma coisa,mas ao longo do tempo verifica-se que assim não é.

Tudo o que semeamos iremos colher e multiplicado.

Ensinar empaticamente,ou seja tendo em atenção o ponto de vista da criança e do seu nível de entendimento que varia em função da sua idade, que os limites são úteis para criar a cada momento aquilo que é o melhor para todos, e que origina que haja harmonia.

 A harmonia não implica que não haja discordância,mas sim que existe respeito pela opiniões uns dos outros,ainda que sejam diferentes das nossas.




segunda-feira, 12 de março de 2012

O principal fator da educação





O principal fator da educação é dar o exemplo, as nossas crianças aprendem mais pelo que nos vêem fazer do que pelo que lhes dizemos para fazer. Elas absorvem tudo sem filtros, não adianta o antigo ditado popular do "olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço", pois elas precisamente olham mais para o que fazemos do para o que dizemos.

De nada serve pedir a uma criança que seja organizada para não ter brinquedos espalhados por toda a casa, se por exemplo vê os objetos do Pai espalhados pela casa,como por exemplo livros,jornais ou os chinelos.

Não se espere que ela peça por favor quando quer alguma coisa,quando ela observa os pais entre eles a pedirem as coisas sem pedirem por favor,ou que ela permaneça sentada à mesa até ao final da refeição, se ela vê os pais a levantarem-se sem pedir licença aos presentes.

Podem parecer pequenas coisas,mas são coisas essenciais, como eles estão atentos eles percebem quando os pais são congruentes entre aquilo que dizem e aquilo que fazem.

Mas acima de tudo convém referir que comportamento gera comportamento, é aqui que está a base do dar o exemplo.O nosso comportamento perante as mais diferentes situações da vida servem de referencia para os nossos filhos.

Enquanto pais somos um manual interativo de aprendizagem para os nossos filhos.

Por exemplo não podemos esperar que eles sejam calmos e educados com os seus colegas, se quando os vamos levar à escola estivermos em constante despique e insultando os outros condutores por eventuais erros que tenham cometido no trânsito, ou se não respeitarmos as regras de trânsito.

Querendo nós filhos positivos e confiantes o nosso discurso não pode ser de constante critica, quer à situação do pais,quer aos políticos, quer dizendo mal de alguém, seja da família,seja alguém do emprego, etc.

Lembre-se sempre que eles estão sempre atentos a tudo o que fazemos,mesmo quando pensamos que não estão.Lembre-se de se comportar como deseja que os seus filhos se comportem, é no seio da família que eles recebem a educação,não se espere que seja na escola que eles venham a ser educados.


sexta-feira, 9 de março de 2012

Filhos genuínos e não cópias





Todos os pais, salvo raras exceções, procuram educar os seus filhos da melhor maneira que lhes é possível e de acordo com o seu nível de consciência. E fazem aquilo que acham que é o melhor para a criança, contudo é preciso ressalvar que a criança é um Ser em pleno e não apenas uma extensão dos pais.

Querendo isto dizer que deve ser dado espaço às crianças para que exprimam as suas aptidões naturais,para que possam experimentar e ver aquilo que mais tem a ver com elas, com a sua essência. Quanto mais alargado for as experiências que elas podem viver, mais perto estarão de encontrar aquilo que as apaixona fazer.

Por vezes os pais projetam nos seus filhos aquilo que gostariam de ter feito e não fizeram por variadíssimos motivos e como que forçam os filhos por esses caminhos,fazendo-os por exemplo praticar um determinado desporto ou aprender um a tocar um instrumento,porque gostariam de o ter feito na sua infância,mesmo quando os filhos dão sinais ou o expressam claramente que não gostam ou lhes desagrada.

E quando isso acontece em famílias de educação rígida acabará por originar adultos frustrados,que se limitam a ser seguidores e que se impedem de expressar genuinamente.

Enquanto pais podemos criar as condições para que as nossas crianças possam experimentar várias coisas e descobrirem aquilo que mais tem a ver com elas,com as suas habilidades e aptidões. E isso faz-se criando espaço para que elas possam se expressar e comunicar livremente aquilo que sentem em relação a elas próprias, ao seu lugar na família e na sua interação com o mundo exterior.

Os país erram ao educar os seus filhos e é natural que isso aconteça, o que importa é aprender com os erros e evoluir a partir deles. Como humanos que são, os pais não são perfeitos,mas o factor essencial e que os faz serem pais perfeitos é amarem incondicionalmente os seus filhos.

Amá-los como eles são, com todas as suas qualidades e defeitos,permitindo que eles se conheçam de facto, procurando que o façam, dentro do humanamente possível, em segurança.



quarta-feira, 7 de março de 2012

Factor essencial na educação é a empatia.



A empatia é essencial na educação, e empatia é estabelecer ligação com o outro, é ver o outro como ele é.
É tal como se vê na imagem,calçar os sapatos do outro, ou seja colocar-se no lugar do outro e ver a situação do seu ponto de vista.

Ao educarmos os nossos filhos e quando analisamos o seu comportamento a empatia é essencial para podermos lidar com ele com equilíbrio e justeza.

Aquilo que para nós nos parece um comportamento errado, não o é na perspetiva deles.E eles vêem o mundo a partir do ponto de vista deles e não da maneira que nós vemos.E para melhor podermos comunicar com eles devemos sempre fazer um esforço por ver o ponto de vista deles.

Por vezes quando o comportamento deles origina uma reação negativa da nossa parte,ou seja, quando nos tira do sério, e sim isso acontece e é natural que aconteça.Em primeiro lugar devemos evitar reagir a "quente" pois isso induzirá uma reação mais brusca,seja através da elevação da voz,seja nalguns casos uma reação física.

E aqui, quero frisar que do meu ponto de vista bater nunca é solução para nada,pelo contrário transmite um exemplo errado de como reagir perante situações que nos desagradam. Em muito menor grau o mesmo se aplica ao berrar e aqui confesso que é um dos aspetos que tenho vindo a trabalhar em mim,pois em situações extremas ainda recorro a ele. A diferença é que através desse trabalho que venho realizando o meu tempo de tomada de consciência quando reajo assim é muito mais rápido e corrijo de imediato.

Mas perante esses comportamentos que consideramos errados é através da empatia que encontraremos a solução para lidar com essa situação. Em primeiro lugar devemos garantir a segurança da criança,quando tal se aplique, e depois reconhecendo a vontade dela em praticar tal comportamento. O que a levou a ter esse comportamento.

E aqui é importante referir ser muito importante não confundir o comportamento com a criança, uma coisa é o que ela é, outra é o que ela faz.Dai que recriminar a criança catalogando-a como má,ou desleixada, ou preguiçosa,etc. Estamos a definir a criança em vez de nos focarmos no comportamento, esse sim é que pode ser mau,desleixado, ou preguiçoso. Através da empatia fazemos bem essa distinção.

Ao analisar o comportamento dos nossos filhos devemos ver se no lugar deles faríamos o mesmo, se teríamos um comportamento idêntico, tendo em conta a idade deles e o seu grau de desenvolvimento.
A empatia permite criar espaço para que os nosso filhos expressem aquilo que sentem e que os levou a ter tal comportamento. E dar-lhes a entender que estamos lá para os ajudar a lidar com essa situação e não para os castigar.


sexta-feira, 2 de março de 2012

Educar

 


















Educar é acima de tudo amar.


E é um amor incondicional que vê o outro para lá das aparências.Os filhos que temos não são propriedade nossa, que podemos exigir que façam apenas aquilo que queremos e desejamos que sejam.



Quando os vemos como eles são de facto,como seres energéticos perfeitos que são colocados na nossa experiência humana, mais para aprendermos com eles do que para os ensinar.Podemos aprender com eles a vivermos no momento presente, viver no agora.



Quem tem filhos pode reparar que eles não conhecem o passado,não guardam rancor.Ficam zangados num momento,mas no momento seguinte já estão alegres outra vez.



E isso está mais próximo da nossa essência,eles agem desse modo porque ainda não estão "contaminados" pela sociedade ao ponto de se esquecerem totalmente da sua essência.É isso que temos de aprender com eles, a relembram quem somos de facto a voltar a reconectar com a nossa essência,vivendo no agora em plena consciência do puro amor e paz que somos por natureza.

Educar passa por criar espaço para que os nossos filhos se possam expressar livremente e desenvolver o seu potencial num espaço de segurança e amor.Todos eles vieram experienciar uma vivência humana, da qual fazemos parte,mas que é deles para viver.



Em vez de tentar que eles cumpram os nossos desejos que ficaram por cumprir quando tínhamos a sua idade ou os projetos de vida falhados que deixamos de alcançar e esperando que eles o possam cumprir por nós,para que os possamos viver através deles.



Devemos reconhecer as suas ideias e aptidões para que se possa expressar e vivenciar de acordo com a sua natureza, respeitando a sua evolução ao ritmo deles.



Isso não significa dizer sim a tudo o que eles querem fazer, pelo contrário por vezes a maior expressão de amor por um filho é dizer não.Pois o não, é importante, até como sentimento de segurança para eles próprios saberem que existe alguém ao seu lado para lhes garantir as condições de segurança,quer física quer emocional, para puderem crescer e se descobrirem em pleno.



É importante perceber que a forma como vemos o mundo é diferente, e aquilo que para nós é um comportamento desadequado, não é aos olhos deles.



E se ao reagir a isso, não o virmos como um ataque a nós próprio,como algo muito grave e percebermos que é a nossa perceção que julga aquele comportamento como errado e que é diferente da perceção da criança.Se conversarmos com a criança, uma vez estabelecida a sua segurança se for caso disso, e percebermos como ela viu a situação, o que a levou a ter aquelas atitudes, estaremos a conhecer mais os nossos filhos e a nós próprios também.


Perceber porquê que determinados comportamentos deles mexem tanto connosco, perceber que a realidade é um espelho do nosso interior. E assim em que parte de si essas situações comportamentais se refletem. É uma forma de puder lidar com isso e evoluir conscientemente.



É importante saber distinguir o comportamento da pessoa, quando tiver de chamar a atenção refira-se ao comportamento e não à pessoa.



Por exemplo, dizer a uma criança que bateu noutra, "És má..." é diferente de dizer "o teu comportamento foi mau ao bater..."; "És preguiçosa não arrumas os teus brinquedos..." é diferente de dizer "não cuidas bem dos teus brinquedos, estão desarrumados...", etc.

A sua linguagem é importante para que ela perceba que o que está em questão é o seu comportamento e não quem ela é e o que ela significa para si.Porque quando as criticas são dirigidas à pessoa, e se repetidas muitas vezes leva a que a pessoa assuma esse papel.Se estiver sempre a dizer a uma criança que ela é, por exemplo,preguiçosa ela irá assumir isso como sendo quem ela é e irá aumentar os seus comportamentos que provem isso mesmo.



Educar não necessita de manual,mas sim de empatia, ver o outro como ele é, perceber que vê o mundo de forma diferente da nossa e acima de tudo, educar é amar.



Em caso de dúvida o amor é sempre a resposta.É com amor que se cresce em plenitude e conectado com o todo.